31.8.08
VARAL DO DIA
"MEMÓRIA ANTROPOFÁGICA" de TITO OLIVEIRA
Fala, caro Eduardo?! Saudações!
O que proponho na "Memória Antropofágica", é o uso do gesto para a extinção do próprio gesto, utilizando o mesmo recurso de construção da imagem minimalista e seu sentido, para desfazer um conjunto de idéias e instituir outro. Devolvendo a unidade estética alcançada pela obra finalizada á unidade primordial onde ela tem a sua origem - os enquandrementos, a opacidade da luz e as repetidas posições, sutilmente alteradas, do elemento principal nas fotografias, apresenta isso. De modos diversos, a insinuação contida na série suscita respostas para "Como se dará sua continuidade" (para a execução da obra, se é possível executá-la), uma vez que o limite da expressão individual já fora atigindo e, sobretudo, codificado em um sistema. O elemento principal das fotografias, contextualizado, faz alusão a angustia de um ex combatente de guerra, de nome Staiger, que não coseguiu suprimir o canibalismo (simbolizado pelo arame farpado) de sua própria consciência, devido ao estigma por ele ter assassinado inúmeras pessoas. Seu reflexo é enunciado com a leitura dos livros que nunca havia lido, onde se depara com sua estúpidez e se torna apetecido por alucinações, por sua loucura.
Tito Oliveira
Artista Plástico e Fotógrafo 11 3628 3589 11 9256 1531
PETER HOWSON
“The Heroic Dosser”, (1987), é o quadro mais famoso do pintor inglês Peter Howson. O artista tinha o hábito de retratar homens comuns em algum gesto dramático que pudesse os elevar a um status de herói. Um homem simples aparece na tela acima agarrando firmemente a grade como se fizesse aquilo para não ser arrastado pela imensa corrente de água que corre em torno dele.
Embora o homem esteja isolado, seu semblante mostra que ele está orgulhoso, forte e desafiador. Atrás dele aparece um prédio, na altura de seus ombros, o que pode sugerir que ele carrega um fardo.
Quando este quadro foi pintado, Howson tinha um estúdio em Glasgow, na Escócia, próximo a um albergue para os sem-abrigo. Howson fez a pintura de memória, baseado em um homem que ele viu nas proximidades. O quadro está exposto na The Scottish National Gallery of Modern Art, em Edinburgh. É a primeira de uma série de imagens de chamada de "dossers', algo como "sem-abrigo".
(Com colaboração de Catharina Mafra)
Noblat
e-mail no VARAL
Obrigado Ruben. Foi um prazer conhecer sua tela, seja de Morales ou de Florez, uma boa pintura.
É HOJE
O varal do Fotoclube Candando.
Publicado por Claudio Versiani em fotografia
Domingo, dia 31 de agosto no Parque da Cidade. Estacionamento 10, próximo ao Lago dos Pedalinhos,ali em Brasília.
HUMOR NO VARAL - EXTRA -
30.8.08
Espanha dos artistas e dos Monumentos!
COLLEGIO DAS ARTES
Pintura Contemporânea Internacional Hoje
A palestra procura fazer um apanhado sobre a pintura contemporânea internacional visando uma primeira tentativa de classificar a produção pictórica em grupos temáticos e conceituais com o objetivo de clarificar a visão sobre a arte de agora. Para tanto serão vistos artistas internacionais que possam de alguma maneira representar conceitos presentes em outras produções atuais.É importante ressaltar que essa palestra não pretende esgotar a arte contemporânea, mas sim organizar uma breve visão sobre essa produção.

Breve Currículo
Exposições individuais:
2004: Casa Triângulo, São Paulo, Brasil 2002: Centro Cultural São Paulo, Brasil. 2001: Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo, Brasil. 2000: Museu de Arte Contemporânea de Campinas, São Paulo, Brasil; Casa Triângulo, São Paulo, Brasil; Museu Alfredo Andersen, Curitiba, Brasil. 1998: Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo, Brasil; Prefeitura Municipal de Santo André, Brasil; Casa do Olhar, Santo André, Brasil 1996: A Alma da Dobra, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil. 1995: Sedução, Êxtase e Castigo, Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil. 1994: Centro Cívico, Prefeitura Municipal de Jundiaí, Brasil. 1993: Galeria São Paulo, São Paulo, Brasil. 1990: Galeria São Paulo, São Paulo, Brasil; Passsárgada Arte Contemporânea, Recife, Brasil; Museu de Arte Contemporânea de Americana, São Paulo, Brasil; Sapatos e Flores, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil.
Exposições coletivas:
2004: São Paulo 450 anos Arte em Diálogo, BMF, São Paulo, Brasil. 2003: 2080, Museu de Arte Moderna, São Paulo, Brasil. 2002: Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea, Pinacoteca, São Paulo, Brasil; Bienal de Liverpool, Liverpool, Inglaterra; Fragmentos a seu Imã, Obras Primas do Museu de Arte de Brasília, Espaço Venâncio, Brasília, Brasil. 2001: O Espírito da Nossa Época, Museu de Arte Moderna, São Paulo, Brasil; Espelho Cego, Paço Imperial/RJ, Museu de Arte Moderna, São Paulo, Brasil; Caminhos da Forma, Galeria de Arte do SESI e MAC-USP, São Paulo, Brasil; A Figura na Arte Contemporânea, Espaço Museu de Arte Moderna, FGV, São Paulo, Brasil; Audi Eletromídia da Arte - V Exposição Virtual, Painéis Eletrónicos, São Paulo, Brasil. 2000: Ars Erótica: Sexo e Erotismo na Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna, São Paulo, Brasil. 3ª Semana Fernando Furlanetto, São João da Boa Vista, Brasil.
Público-alvo: estudantes de arte, público em geralDia: 01 de setembro de 2008
Horário: segunda-feira, das 20:00 às 22:00 horasVagas: 30
Valor: R$ 50,00
Collegio das Artes
Rua Cônego Eugênio Leite, 273 - Pinheiros
(11) 3064-4740
cursos@collegiodasartes.art.br
DUAS PALAVRAS NO VARAL
A Arte é uma daquelas coisas que todos sabemos o que é mas não conseguimos explicar.
Como tal, um post sobre este assunto terá de ser um pouco longo, como o que se segue.
Não deixa de ser curioso que sejamos capazes de afirmar com um certo grau de certeza "isto não é Arte" perante um objecto que nos repugna plasticamente, mas já nos seja um pouco (ou muito) mais difícil explicar porquê. O mesmo se passa com aquilo que consideramos como Arte.
Importa tentar perceber o que é Arte? Primeiro que tudo poderemos partir do princípio que um objecto artístico, sendo produto de uma actividade humana, está dependente de um tempo e de um espaço. Esse objecto é um reflexo de um momento determinado na História e as suas características, formais (os aspectos relacionados com a técnica) e iconológicas (o que normalmente designamos por mensagem ou conteúdo), são matéria e produto dessa conjuntura espácio-temporal.
A História da Arte mostra-nos bem a evolução das formas e dos discursos artísticos ao longo dos tempos e o modo como a Arte foi um poderoso meio de propaganda. Mas, tal como as sociedades evoluíram e transformaram os seus paradigmas sociais e políticos, também a Arte se transformou. É lógico.
Mas, para tentar perceber afinal o que é (ou não é) Arte, temos de confiar essa missão em alguém. Quer dizer, nós, simples mortais, não temos a capacidade de decidir sobre a natureza artística de um objecto embora possamos formar uma opinião que, tal como disse aí mais atrás, acaba por ser intuitiva e pouco fundamentada. É do género "gosto disto" ou "não gosto disto" como se nos estivessemos a referir a um prato de bacalhau cozido. E a Arte não parece ser bem a mesma coisa que bacalhau cozido, embora por vezes se possam confundir.
Chegamos então a uma questão fundamental: quem é que sabe o que é Arte? Ou, quem valida a natureza artística de um objecto? Pois é, aqui é que a porca torce o rabo e o pessoal costuma começar a sacudir a água do capote. "Para mim é Arte" arriscamos por vezes "ou não acho que seja Arte" podemos afirmar com um encolher de ombros. Assumimos uma postura que nos desresponsabiliza. Não sendo nós peritos, podemos apenas dar uma opinião... intuitiva.
A História da Arte mostra-nos como essa validação foi passando de mãos ao longo dos séculos. Entidades religiosas, burgueses ricos ou Academias Reais de Belas Artes foram decidindo sobre a natureza da Arte. Forças de sinais contrários ou com raízes sociais diversas, todas tiveram , no entanto, uma coisa em comum: riqueza ou capacidade económica para encomendar e pagar o trabalho daqueles que hoje designamos por artistas. Em última análise poderemos considerar que é o valor comercial, a capacidade de angariar divisas que valida o objecto artístico.
Esta visão é demasiado redutora, dirão alguns, mas uma análise superficial do fenómeno permite-nos mantê-la com argumentos bastante sólidos. Esta perspectiva economicista sofreu um primeiro abalo com o Romantismo do século XIX quando os artistas se assumiram como tal e reclamaram liberdade criativa fora das esferas de poder habituais. As revoluções liberais retiraram muita da capacidade económica e política às forças religiosas tradicionais. O crescimento do sentimento Democrático fez que, como seria de esperar, também se democratizasse a perspectiva que temos sobre a produção artística.
Quando Marcel Duchamp criou os seus ready-mades, provocou uma transformação radical nos mecanismos que validam a natureza artística dos objectos. É paradigmático que a sua "Fonte" (o célebre urinol) seja consensualmente considerada a mais importante obra de arte de século XX. Não porque seja uma exibição de cpacidades técnicas supreendentes ou mesmo um objecto que possamos considerar belo, mas porque transferiu a capacidade de validar a Arte para o comum dos mortais, para o observador ocasional, que, neste universo criativo, é chamado a tomar uma posição perante aquilo que observa.
A Arte Contemporânea responsabiliza o próprio observador na construção do objecto artístico que apenas se completa através da sua leitura pessoal e particular. Todos sabemos que, no mundo actual, a crítica de arte publicada nos jornais e nas revistas da especialidade carimba e certifica definitivamente a natureza de um objecto. Mas isso serve principalmente para atrair os tais gajos com poder e capacidade económica para investir na compra dos objectos. Daí que seja difícil compreender como pode um sapo verde pregado numa cruz valer mais do que uma tela da Ju, como foi notado num comentário ao post anterior.
Concluindo, numa sociedade democrática contemporânea, os indivíduos são considerados responsáveis pelos seus actos. A igreja já não tem o direito de nos condenar por blasfemarmos ou simplesmente porque lhe desagradamos, como aconteceu ao longo da Idade das Trevas. Isso é assim na esfera da nossa vida quotidiana e também no campo da Arte. Daí que o triste episódio do sapo verde seja apenas mais um tique intolerante de uma igreja que ainda não percebeu em definitivo qual é o seu verdadeiro lugar no mundo actual. A perspectiva que a Igreja tem da arte não é altruísta nem desinteressada, tradicionalmente vê-a como uma ferramenta de propaganda e divulgação.
Deixem o sapo em paz. Aquilo é Arte! Ou não?
RUI SILVARES
Uma escultura de Picasso? Ou uma múmia de 700 anos?
Múmia de 700 a.C. é retirada de túmulo no Peru
Uma múmia foi retirada por arqueólogos peruanos de um túmulo nas ruínas de Huaca Pucllana, no Peru.
Acredita-se que a múmia fazia parte da antiga cultura Wari, que existiu antes dos Incas.
Além da múmia de uma mulher, havia no túmulo os restos de dois outros adultos e uma criança.
Este é o primeiro túmulo Wari intacto descoberto em Huaca Pucllana, na capital Lima, e pesquisadores acreditam que ele date de 700 a.C.
Inspirado nas máscaras africanas Picasso desenhou e pintou figuras muito próximas do que a 700 anos a cultura Wari já fazia, com outros fins, no Peru.
29.8.08
GRAFITE & GALERIA MÔNICA FILGUEIRAS
ESCULTURAS DE LEGO
A peça faz parte de uma coleção de 100 obras compradas na Internet com um orçamento de R$ 14,8 mil, que está em exposição no local.
Terra
e-mail no VARAL
Regressado de férias no campo envio mais um conto. Aproveito e mando, igualmente à consignação, uns varais de Festas na Aldeia.
Abraço,
JORGE FERREIRA PINHEIRO
28.8.08
Falaram do Varal:
"...o Varal de Ideias é uma referência de como um blog deve ser ." Agnnes
(Caminhos e Atalhos, no mundo dos blogs)..."parabéns pelo teu exemplo de como realmente se faz um blog...ou melhor tantos e sempre outstandings...".
(Vi Leardi )
